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Roda de conversa: Iniciação Científica no Curso de Medicina

Direção FCM
Roda de conversa: Iniciação Científica no Curso de Medicina

As atividades de pesquisa durante os cursos de graduação constituem a melhor forma de introduzir os estudantes à prática científica.

Espera-se que parte desses alunos possa produzir conhecimento e tecnologia por meio de pesquisas próprias após o término do curso. A formação de pesquisadores é o objetivo mais claro dos projetos de Iniciação Científica. Entretanto, outros objetivos como melhora na interpretação e análise crítica das bases fundamentais do curso médico, também são desejados.

Como complemento à formação profissional, os projetos de pesquisa auxiliam no desenvolvimento pessoal, por submeter o aluno a um planejamento e organização diferenciados. Isso significa que, ao avaliar a viabilidade da pesquisa, prever erros e sistematizar sua execução, o estudante aprimora sua capacidade de exercer com competência atividades referentes à sua profissão. Por essa característica, o Manual do Usuário do PIBIC definiu a Iniciação Científica como “um instrumento de formação de recursos humanos qualificados”. Além disso, a Iniciação Científica coloca o aluno em contato com diferentes áreas do conhecimento e o leva a se relacionar com profissionais variados, ampliando uma característica essencial do atual mercado de trabalho: a multidisciplinaridade. Dentre esses profissionais, os professores são os mais importantes.

O relacionamento com o professor é uma das experiências mais valiosas de um projeto de Iniciação Científica. O orientador deixa de lecionar para uma classe e reserva atenção especial ao seu aluno (Modelo Centrado no Estudante), possibilitando uma troca de experiências e conhecimento que constitui um aprendizado único no currículo do graduando. Os valores de um professor são facilmente transmitidos ao seu orientando, por constituir uma figura de grande influência e respeito para ele. Na medicina, esse fato ganha ainda mais importância.

Quando o orientador é um médico, o aluno absorve as qualidades morais que deve cultivar na prática clínica de uma forma tão intensa que nunca seria possível em aulas convencionais. Muitos dos trabalhos de pesquisa envolvem o contato do aluno com o paciente e têm ainda papel de destaque no conhecimento de quem é e como se portar diante do doente. As atividades de Iniciação Científica também estimulam os alunos a serem pesquisadores de uma área cujos conhecimentos são de grande utilidade pública, e, ensinando como são gerados novos conhecimentos, dão ao estudante senso crítico para avaliar a qualidade das publicações e inferir a validade de novas descobertas. E as vantagens não se restringem aos alunos. Os professores que ingressam em programas de Iniciação Científica têm a possibilidade de aumentar sua produtividade, ou seja, seu número de publicações.

A Iniciação Científica trabalha no aperfeiçoamento profissional do graduando, constituindo parte fundamental de um curso superior. Na Medicina, isso significa a formação de um médico melhor, mais completo técnico e moralmente, e o incentivo à produção de novos conhecimentos na área da saúde.


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